sábado, 3 de maio de 2008

Entre a foice e a espada...

Olá a todos!

Bem, seis meses depois volto aqui para escrever novamente, peço desculpas aos poucos (mais fiéis) leitores, mas uma avalanche de compromissos se tornou incontrolável nesse meio tempo, e eles na sua maioria são acadêmicos, e com prazos inexoráveis. Então venho aqui prometer que pelo menos semanalmente vou escrever algo de relevante, que tenha sido o "assunto da semana", aliás peço ainda que alguns de vocês se voluntariem ao cargo de meu editor, assim com um tema de postagem definido poderia cumprir a tarefa até de escrever duas vezes por semana, uma vez que na minha cabeça ultimamente se embaralham teorias históricas, siglas políticas e golpes de Estado sem fim, assim fica o convite aos meus editores voluntários.
O que me trouxe de volta no entanto, foi o movimento recente grupos representados por siglas, ou por costumes, e a maneira como essas premissas os tem feito defender tresloucadamente as suas causas, que não se sabe até que ponto tem fundamentos. Se de um lado os portadores da tradição se fecham no seu anacronismo, renegando qualquer imagem refletida no espelho que não seja a sua, do outro encontra-se os que em seu instinto de não se igualarem a ninguém, se tornam tão iguais a si mesmos e o seu manual de conduta transfigura-se no principio de negação primeiro: a tradição. Por último, o grupo dos portadores da verdade, inexauríveis em retórica, com verdades tendenciosas e frases feitas, esperando pelas almas de pouco brilho afim de condená-las sob o mesmo jugo.
Mas dentre todas estas lástimas ainda há de se encontrar os piores, os portadores do senso-comum. Aqueles que habitam a caverna de Platão, conformados com as suas sombras, assoberbados das suas próprias verdades, e "achismos". Esse dandidismo distorcido, os defende de todos os possíveis enfrentamentos à sua tão cautelosa imagem, construída milimétricamente com os mais doces predicados, a fim de ocultar a sua nociva intenção anti-dândi: a padronização das suas idéias, verdades e toda a sorte de supostos comuns, ao passo em que o ego se cristaliza, enrijece e inerte, se propaga pela posteridade.
Curiosamente vou concluir essa postagem clamando pela mesma coisa da última em outubro: Liberdade! Mas que essa seja de pensamento, que se busque um mínimo de distinção, que se procure saber o que lhe entra aos ouvidos, e não simplesmente os aceite sem nenhum tipo de verificação de conteúdo. Repetindo Wilde "desobedeçam", desatem os nós que lhes prendem...

Afinal, quem alcança seu ideal, vai além dele...

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