sábado, 22 de janeiro de 2011

Acertando os ponteiros...

Olá a todos!

Sempre achei que as pessoas que fazem aniversário em janeiro são bem sortudas. Elas tem meio que o privilégio de alinharem suas expectativas com o desenrolar dos meses e de poder medir o quanto o ano está avançando até o próximo janeiro. E é justamente por essa coincidência com os ponteiros do relógio, é onde eu encontro a perfeição dessa representação tão bem calculada, que funciona como uma espécie de cronograma do ciclo que em doze etapas se concluirá para dar início a um novo.
E é justamente quando um ciclo se encerra que você percebe o que ficou para trás. Prioridades, perspectivas e possibilidades. Realidades, rotinas, encontros, desencontros. Faltas, exageros, omissões, intervenções. Esperanças, decepções, recomeços, frustrações. Parece até que o dicionário nada mais é do que uma grande história com as palavras embaralhadas, e só aquele que for merecedor, conseguirá colocar as palavras na ordem correta e enfim, encontrar o tesouro do qual é digno.
Quando se descobre que um ciclo chegou ao fim? Talvez quando o rotineiro se torne episódico - e por isso mais mágico - e aqueles que costumavam dividir as horas do presente com você, passam a dividir os fatos e feitos do passado ainda pulsante. Não raro também é que o assunto abordado também reserva grande quantidade de atenção ao já escrito ao invés de pensar em projetos que empreendam uma nova brochura. As tarefas de construção passam a ser individualizadas dentro dos respectivos domicílios que são luzes que costumam se apagar antes da madrugada.
E é assim que os novos ciclos se iniciam, estabelecem novas datas e horários, e não raro exigem que as pendências deixadas pelos ciclos anteriores sejam resolvidas. Eventos e e prazos se sucedem, se acumulam e expiram, e você passa a desafiar inúmeros adversários ao mesmo tempo. No fim, pouco importa quantos você tenha superado, vai ser dos que te derrotaram que você nunca vai esquecer...

E você sempre precisa de um tempo para acordar...