domingo, 11 de maio de 2008

E assim...

Olá a todos!

E aqui estou eu, tentando ser um cumpridor de promessas, mas ao mesmo tempo sendo fiel a atenção dos que acompanharam a volta do 'Sempre Igual', que vai caminhando devagarzinho, e continua a passos de formiga, mas com muita vontade graças aos poucos, mas fiéis leitores. Assim registrar também que os grilhões acadêmicos que no momento me atormentam tanto estão muito perto da sua conclusão, essa provisória, tendo em vista o vislumbramento de horizontes cada vez mais distantes.
Bem curioso é o maniqueísmo no qual estamos enquadrados hoje em dia, onde toda a sua liberdade está claramente condicionada as posições que assume. É como se o mundo todo houvesse dividido em duas únicas tribos, uma vez que assumir determinadas posições e manifestar opiniões implica diretamente em estar concordando com algo, e aí é a parte engraçada da estória, concordando em toda a plenitude, sendo lhe negado o direito de fazer qualquer ponderação, pois os discordantes do lado oposto também estão fincados irredutíveis nas suas trincheiras.
Surge então, um sem fim de questionamentos: "é possível cavar meio buraco?" "mas não assumi lado nenhum...", mas faz parte de toda a manobra oposicionista, afinal quanto mais você puder explicar, menos eles vão poder te atacar nas suas reticências, nas brechas da sua fala, assim é uma forma de garantir que a síntese hegeliana venha antes da antítese, e a tese se perpetue sem maiores adversidades.
Dessa forma, no vai-e-vem de tudo a mesmice continua, porque depois de tanto bater com a cara no muro, você começa a pensar em uma maneira de escalá-lo, e enquanto isso os clichês se tornam as regras de conduta, e o "diferente" sempre foi assustador, afinal como mergulhar no mar das incertezas? A vontade de se continuar na mesmice supera a de obter respostas, e à medida que se deixa o tempo passar, vai se envelhecendo as promessas e os hábitos, e depois não é possível mais identificar nada neste antiquário de uma única cor, opaca e pálida...

E assim, não se sabe até quando esperar...

3 comentários:

Fê Andrade disse...

E...mais um...e dificil de se comentar...mas como sempre,muito bom!!

Helder disse...

É como no amor , mesmo que aconteçam brigas , haverá um momento de paz e furor sexual, um dia o amor por esse pode acabar aí arruma-se outro para continuação do jogo onde o mais forte sempre vence , mesmo que , durante o ato sexual um esteja por cima e o outro por baixo.

A mensagens subliminares do mundo acadêmico , isso poderia se tornar uma coletânea de textos, uneal ao longo da história =P
" Pare com esse sonhos do querer mudar o mundo?! Satisfeito agora" Plebe Rude

Paulo César Cândido disse...

Eu concordo com a Fernanda... bicho!!
Mas que são bons... são!