quinta-feira, 12 de março de 2009

Preso ao meio...

Olá a todos!

Queria poder oferecer estas linhas ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, mas por ainda responder juridicamente ao mundo dos vivos, tentarei não soltar farpas a torto e a direito, mas há de se saber que a vida é uma enorme loteria; os prêmios são poucos, os malogrados inúmeros, e com os suspiros de uma geração é que se amassam as esperanças de outra.
Devo confessar que nos últimos tempos não tenho conseguido precisar nos textos que tenho publicado por aqui o que é literatura e o que são lástimas. Verdade que entres os dois há todos os ingredientes necessários para um drama, que não necessariamente seria uma tragédia, mas ainda há a esperança de que qualquer atrevimento possa alterar o curso do destino, mas não se engane, o melhor drama está no espectador e não no palco.
Nesta ciranda que ainda assistirá a execução de muitas canções, acredito que muitos outros personagens surgirão e que muitas outras óperas ainda se realizarão, tudo é uma questão de estar no lugar certo do teatro. E há ainda aquelas coisas que só se aprendem tarde; é mister nascer com elas para fazê-las cedo. E melhor é naturalmente cedo que artificialmente tarde.
Machado de Assis já disse que "o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes." E acima de tudo isso se encerra a obra sem saber quem estava mentindo desde o começo...

Além do que, Le temps detrói tous...