segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Passados possíveis...

Olá a todos!

Fazendo um apanhado geral dos acontecimentos recentes e comparando a outros mais distantes, não pude deixar de observar que o mês de novembro parece se situar em alguma zona negra do meu horóscopo - e que se antes eu não acreditava, começo a colocar as barbas de molho com as "coincidências" - que parece encerrar todas as possibilidades reais de que eu possa trazer a memória, algum acontecimento realmente feliz remetido ao penúltimo mês do ano.
Os mais sensatos vão imediatamente identificar algum tipo de transtorno obsessivo nas minhas digressões, mas com toda a sistemática que me for permitida, eu quero protelar quanto aos acontecimentos que parecem se concentrar nestes trinta intermináveis dias que antecedem a reta final do ano. Aliás, quero protestar quanto a mais coisas. Quero reclamar de todas as expectativas frustadas, dos "quase" que volta e meia permeiam as linhas que escrevo. Quero pleitear o direito de poder contar histórias com finais felizes e poder dizer "viu lá como deu certo".
Minhas conclusões preliminares não deixam muitas expectativas positivas a curto prazo. Quanto mais você vê menos você sabe, menos você descobre conforme você caminha, e eu sabia muito mais do que eu sei agora. Tenho uma mania estranha de sentir falta de coisas que eu nunca tive, e essas parecem representarem um vazio ainda mais incômodo do que as mais presentes. Sentimentos de "se" e "quase" são quase como as doses amargas daquele Gim que está no fundo do armário, mas que não raro sempre serve como companheiro ingrato.
Não olhem antes de rir, posso parecer feio na fotografia, e tudo o que é retratado é o que a câmera não pode ver. Me lembro de te ver caminhar sem medo. Lembro de ver você nas roupas que você fez. Queria realmente saber sobre realmente o que estou escrevendo, mas mais que isso queria saber responder às perguntas. Você consegue ver a beleza dentro de mim? O que aconteceu com a beleza que eu tinha dentro de mim? Você se lembra de mim? De como costumávamos ser? Você acha que deveríamos nos aproximar?

Infelizmente, bênçãos são somente para os que ajoelham... infelizmente...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Possibilidades versus perspectivas

Olá a todos!

Imagine que você fosse fazer uma enquete e pedisse a terceiros que listassem todos os piores sentimentos possíveis. Te adianto que o meu indicado seria o sentimento da impossibilidade. Não descarto que seguramente outras pessoas com uma análise mais racional que a minha poderiam vir a elencar um sentimento - seja ele raiva, ganância ou inveja - que pudesse vir a ser o mais votado, afinal é ainda essa diversidade de pensamento que me faz acreditar que nem tudo ainda está realmente perdido.
Mas detendo-se a minha análise particular, qual sentimento pior que estar limitado a fazer algo? Como fazer para medir acertos e erros, quando você nem sabe o que errou tampouco o que fez de certo? Esse dilema queridos leitores talvez possa ter um gosto ainda mais amargo que a derrota, uma vez que dentro do campo de batalha, você depende das suas armas e das suas habilidades e ainda que não saia vitorioso, teve por um tempo curto que seja a possibilidade de ter vencido.
O abatimento decorrente de episódios como este só faz aumentar quando você vê que seus empreendimentos, um a um, caminharem rumo ao "quase". E como quase sempre você sobrevive a esses naufrágios, a água salgada do mar acaba por ficar cada vez mais com um gosto familar para você. As considerações também são inevitáveis: será que vale mesmo a pena apostar nas improbabilidades? Ou, seria mais digno juntar os pedaços da embarcação e retirar-se ao gosto confortável do lar? Existe derrota em admitir que não se pode lutar?
Frente a todas estas perguntas não respondidas, só resta voltar a mesa dos desenhos, para continuar revendo os mapas e as possibilidades de onde o vento possa soprar a seu favor. Por quê não podemos considerar que ainda que não cruzemos o oceano na sua plenitude, atirar-se nele e aprender o ritmo de algumas marés também já não nos fez marinheiros mais experientes? Se é verdade que a Fortuna favorece os ousados, então por enquanto só nos resta esperar o que o oceano nos reserva...

Além do mais, deve haver alguma coisa que ainda te emocione...