De todos os talentos que eu não tenho, com certeza não saber desenhar é um dos que eu mais lamento. Se eu tivesse essa capacidade de registrar em imagem o que os meus olhos vêm, iria criar um albúm só com esses registros. Disse tudo isso acima porque nem sempre as palavras são necessárias para descrever a beleza existente na vida comum e, algumas cenas não conseguiriam ser expressas nem em uma biblioteca inteira.
Esse sentimento engraçado, mas que ultimamente tem causado uma série de novas percepções e sensações, de observar o comportamento de pessoas em lugares e horas específicas. Pode ser que haja no ambiente algum fator que dê um contorno especial a estas situações, mas na maioria das vezes todos os elementos combinados servem como moldura a uma espécie de tela pintada que se move, e os movimentos adquirem um tom de coreografia que se ajusta na medida ao espetáculo criado pela minha observação.
A imagem veio quando me encontrava sentado frontalmente a figura de uma moça de pele branca e cabelos escuros, que dão um contorno suave ao seu lindo rosto. A música do local parece refletir os traços que se delineam no seu rosto. Os olhos distantes procuram por algo que talvez não estivesse ali, mas mesmo com a tristeza trazida pela música que parecia ser a sua trilha sonora, a sua beleza permanecia intacta. Das palavras inaudíveis que saíam da sua boca só me restou imaginar o alguém que naquele instante era merecedor das suas lágrimas e daqueles movimentos labiais que expressavam aquela pintura que poeticamente se mexia.
Se pensar bem, talvez nem a mão precisa de Da Vinci conseguisse dar conta dos mistérios contidos naquela figura. A minha descrição só pode servir ilustrativamente afinal, acho que eu fui o único espectador dessa enigmática obra. A moça se foi a medida que se esgotaram as horas e também estou certo de que ela não tem a mínima idéia do que protagonizou, mas todos aqueles minutos causaram impressões que se refletiram nas linhas acima e a mim só resta então aplaudir pois não acredito que conseguirei rever em nenhum outro "palco" a magnitude daquelas expressões novamente.
A arte e a beleza existem para que a verdade não nos destrua...
Esse sentimento engraçado, mas que ultimamente tem causado uma série de novas percepções e sensações, de observar o comportamento de pessoas em lugares e horas específicas. Pode ser que haja no ambiente algum fator que dê um contorno especial a estas situações, mas na maioria das vezes todos os elementos combinados servem como moldura a uma espécie de tela pintada que se move, e os movimentos adquirem um tom de coreografia que se ajusta na medida ao espetáculo criado pela minha observação.
A imagem veio quando me encontrava sentado frontalmente a figura de uma moça de pele branca e cabelos escuros, que dão um contorno suave ao seu lindo rosto. A música do local parece refletir os traços que se delineam no seu rosto. Os olhos distantes procuram por algo que talvez não estivesse ali, mas mesmo com a tristeza trazida pela música que parecia ser a sua trilha sonora, a sua beleza permanecia intacta. Das palavras inaudíveis que saíam da sua boca só me restou imaginar o alguém que naquele instante era merecedor das suas lágrimas e daqueles movimentos labiais que expressavam aquela pintura que poeticamente se mexia.
Se pensar bem, talvez nem a mão precisa de Da Vinci conseguisse dar conta dos mistérios contidos naquela figura. A minha descrição só pode servir ilustrativamente afinal, acho que eu fui o único espectador dessa enigmática obra. A moça se foi a medida que se esgotaram as horas e também estou certo de que ela não tem a mínima idéia do que protagonizou, mas todos aqueles minutos causaram impressões que se refletiram nas linhas acima e a mim só resta então aplaudir pois não acredito que conseguirei rever em nenhum outro "palco" a magnitude daquelas expressões novamente.
A arte e a beleza existem para que a verdade não nos destrua...