sábado, 31 de outubro de 2009

Rodo-viagens...

Olá a todos!

Acho que esta é a primeira vez que escrevo fora dos limites de casa, e de semana passada para cá, muitos foram os quilômetros rodados por asfaltos que levam tantos a diversos destinos, e eu que vivo esperando a minha bússola apontar para o norte acabo por me descobrir em meio a tantas idas e vindas. Talvez seja por isso que os terminais rodoviários me fascinam tanto, é como se esses locais fossem responsáveis pela ligação entre pessoas que talvez nunca mais se vejam, mas que por alguns minutos, compartilham das mesmas expectativas, das mesmas angústias.
Confesso que me perco em terminais, é como se eu tentasse em vão dar conta de todos os rostos, semblantes e angústias, os minutos que demoram a passar, o transporte que demora a chegar e quando chega, dá o ponto final do bilhete de passagem. Talvez para a maioria das pessoas a alegria da viagem consista em se chegar onde pretende, talvez para mim, enquanto me encontro dentro de um ônibus com tantos outros passageiros que talvez nunca cheguem aonde realmente queiram ir, é que o universo das possibilidades se revele mais excitante.
Não descartaria a possibilidade de que é justamente pelo fato do convívio com prazo de validade, é que as histórias destes que passam se tornem mais interessantes em serem ouvidas. Gostaria de ter a memória boa o suficiente para poder me recordar de todas as boas histórias que escutei de motoristas, cobradores e todas essas pessoas que acabam por se tornar pessoas de uma universalidade tamanha dado o seu contato com pessoas dos mais diversos lugares e origens, é um tipo de riqueza que só se adquire na vivência.
Aplicada em outro contexto mais evoluído e desenvolvido tecnologicamente, diria que essas minhas viagens talvez se assemelhem com os empreendimentos daqueles se aventuravam pelos mares desconhecidos, e talvez fosse justamente o desafio daquelas ondas que os movesse frente ao desconhecido, afinal não faz sentido algum desperdiçar um sem número de possibilidades quando os ventos podem te levar para onde você quiser. Não sei que destinos posso tomar daqui para frente, e talvez seja isso que me faz levantar da cama todo dia, daqui para amanhã só espero poder mergulhar na imensidão verde novamente, que de uns tempos para cá, é o meu oceano de possiblidades preferido...

Ah, eu encontro vocês lá no lado escuro da lua...