sexta-feira, 30 de maio de 2008

Quem vê...

Olá a todos!

Estou aqui hoje meio que antecipando a postagem , pois no fim de semana pretendo ultrapassar as horas da madrugada na companhia dos meus queridos amigos de risadas, teorias malucas e outras excentricidades diárias, afinal como é no fim do semestre que as obrigações apertam - e esse já não foi muito folgado - vamos nos dedicar a arte de trazermos à luz mais risadas, teorias malucas e outras excentricidades. Só que com o diferencial de um razoável teor alcoólico na corrente sangüínea, afinal tudo o que procuramos é um motivo para estarmos juntos, e conseqüentemente para beber.
Quero aqui falar de um episódio presenciado esta semana que me chamou a atenção, mas antes disso queria poder questionar como é possível criar um discurso (não necessariamente "bom" ou "mal"), defendê-lo e colocá-lo em prática, usufruir por muito tempo do que se ganhou com ele, e depois simplesmente dirigir-se a público com um outro totalmente oposto. Não estou excetuando a possibilidade de que alguém possa rever seus conceitos e princípios, é que desta mudança na teoria se percebe facilmente que a prática também muda. Estou falando simplesmente do indivíduo que a sua vida toda esteve trajado em azul, e um belo dia defendeu as vestes vermelhas por estar usando um chapéu rubro, e ainda censurou aos vestidos de vermelho, porque usavam calças brancas.
Bem, como já disse acima, todos estão sujeitos a encarar mudanças de comportamento e de atitudes, afinal ninguém (pelo menos que eu conheça) consegue ser/estar sempre do mesmo jeito, mas na maioria das vezes caminha-se numa linha - não necessariamente linear - de tese, antítese e síntese. Mesmo que se vá a uma direção totalmente oposta da que está, é perceptível a marca pessoal e singular dos passos seguidos. Mas quando simplesmente se acorda como humano depois de ter sido inseto a vida toda, não é nenhuma novidade que quem estava com olhos e ouvidos abertos se surpreenda com a "nova" forma de visão/discurso apresentada, e como às vezes é difícil perceber a verdadeira intenção incutida nos discursos , colocar as barbas de molho é um reflexo quase que espontâneo.
Verdade é que a medida que o tempo passa quem veste vermelho também já começa a flertar a cor celeste, e assim a troca dessas camisas, com todas as sujeiras que estão nelas, mantém as regalias única e exclusivamente desses dois times aparentemente antagônicos. Os prejudicados, é lógico, são os descamisados que sofrem por estarem no time que nem sequer entra em campo. A estes últimos só resta a opção de em alguma oportunidade lavarem a roupa suja para mostrar o quão desbotado é a face maquiada de quem está confortavelmente vestido...

Mas é claro que não é, não pode ser. Será?

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