quarta-feira, 24 de outubro de 2007

No fim, o silêncio...

Olá a todos!

É no minímo estranho começar escrevendo justo sobre a morte, não a expectativa sobre a ela, mas como ela se faz sentir quando um ente querido, o qual de alguma forma você pensou que fosse viver para sempre, morre. Esssa semana, quando do falecimento da vó de uma amiga, eu comecei (na verdade recomecei, pois não foi a primeira...) a pensar o quão estranho é você se dar conta que o que ou quem antes estava todos os dias no mesmo lugar, cumprindo a longa jornada da rotina, simplesmente deixa o lugar vazio, e aí vem a cabeça: e o meu lugar? Como será o vazio deixado por si próprio ? Será mesmo um vazio? Infelizmente é algo que não se pode descobrir...
Eu acho que é por isso que eu faço questão de estar sempre dizendo aos meus queridos amigos o quanto eles são importantes para mim, mesmo que às vezes eles nem estejam prestando atenção ou pensem ser apenas mais um elogio megalomaníaco, o fato é que será que a pureza com a qual a declaração foi feita consegue ser absorvida? Será que no fundo eles levam a sério?
As perguntas acima fazem sentido, se parar para se olhar que esta é uma forma de tentar dizer-lhes o vazio que eles proporcionariam no que dia que forem embora. Eu acredito que a cada reunião, mesmo a mais casual e informal, devem ser contadas todas as histórias passadas, mesmo as mais repetidas, devem ser tiradas todas as fotografias possíveis, como uma forma de se poder preencher os vazios, pois as fotografias são uma ponte entre uma alegria e uma tristeza, alegria que pôde não ter sido a que gerou mais gargalhadas, tristeza que pôde não ter sido a mais dificil de se superar, mas entre esses pontos da reta, que todos os espaços possam deixar de ser vazios...

Pois no fim, só há o silêncio...

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