domingo, 29 de junho de 2008

Mais, menos...

Olá a todos!

Não vou considerar esta como uma postagem extra-oficial, até porque vim pouco por aqui este mês, e quem sabe até amanhã que é o último dia deste mês no mínimo não usual por se dizer, eu venha (quem sabe até menos raivoso), falar de coisas que todo mundo finge que não sabe, mas adoram dizer como foi bom eu ter escrito sobre elas. Sei também, que esta é uma postagem perigosa, afinal nem todo digere muito bem uma crítica pública como essa, aliás já é muito difícil encontrar alguém que ao menos por debaixo dos panos aceite ser criticado em algo.
Durante muito tempo, acreditei que as pessoas (comigo incluso) deviam superar coisas as quais não se gosta - isso no fundo, é só uma maneira de tentar ser aceito por outros - e que tentando passar ao largo das partes sujas do caráter que não reluziam bem no espelho, estaria se contribuindo positivamente para o caminho da virtude. Até aí, essa sucessão de horas e lugares errados ao mesmo tempo as quais todos estão fadados, contribuíram decisivamente para perceber o óbvio: à medida que o tempo passa e só se vê infortúnios, está na hora de perceber que não é tão bom quanto se imaginava.
Verdade que esse é um baque muito grande, e se demora até cair em si e procurar a melhor maneira de não mais impregnar o ar que os outros respiram com a sua presença, afinal esse pelo menos para mim é o principio básico da convivência: se não quer (puder) ajudar, pelo menos não atrapalhe. Mas a pior parte disso tudo é com certeza quando não obstante você já ter todas as suas penas perpétuas para cumprir, conseguirem te tornar ainda mais perverso. E não pense que adianta demonstrar o quanto você sabe que o céu é um lugar para onde você nunca vai ser convidado, porque depois do fundo poço ainda há muita terra para se cavar, e é nessa hora que você deve ponderar a idéia de continuar saindo de casa.
Bem, já escrevi aqui há algum tempo o quanto era mais fácil depreciar, mas é que nesse buraco sem fim, quando se pensa que já viu de tudo é que aparece mais alguma coisa para te lembrar que você está entre a raça humana a passeio. Pior que tudo isso ainda é lembrar que a teoria de Maquiavel não se aplica a você - talvez, pelo simples fato de não ser um príncipe com toda a ambigüidade que aqui possa ser incutida - e toda a velha lição cartesiana de que ninguém acha que precisa de mais bom senso além do que já tem se torna a regra inviolável deste jogo de todos contra todos.

Mas se você é um amaldiçoado, deixe de delongas e aja como um...

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