segunda-feira, 9 de junho de 2008

Sempre correndo...

Olá a todos!

Fim de semestre tumultuado chegando, começo de outro ainda mais tumultuado a vista, é realmente quanto mais perto se está dos 30 é que tudo parece ainda mais confuso e nebuloso. Bem mas nem tudo são espinhos é verdade e as principais metas destes seis meses foram cumpridas, mas prefiro deixar para fazer o balanço do período em uma outra postagem. O que realmente está me tirando o sono é o que está por vir neste segundo tempo (semestre), mas isso não deveria ser novidade, afinal sempre sofri por antecipação mesmo.
Já havia comentado aqui há alguns dias sobre esse problema de envelhecer, e afirmo novamente que não é uma coisa que esteja sendo bem recebida - não só por mim pois já ouvi a mesma lástima de alguns amigos - mas se segue em frente e aos poucos vai se distanciando cada vez mais do horizonte da juventude. Mas, verdade é que nem todo mundo está pronto, ou mesmo não quer viajar nesta embarcação, tentando para sempre permanecer inerte na Terra do Nunca, tentando se furtar a uma verdade inescapável: todo mundo vai envelhecer. Por mais que se corra, fuja, retoque, mude, o tic tac do relógio é imperdoável, mais dia menos dia, você vai perceber algum risco na face que não tinha antes.
Bem não é necessário ser nenhum gênio para saber qual é o ponto fraco quando se tenta ser o Peter Pan, afinal a não ser que se consiga desviar de todos os espelhos do mundo, ninguém além de Dorian Gray conseguiu mitigar o juízo inexorável do tempo. Mas a saída encontrada é vender a sua falsa fonte da juventude a outros e assim por anos, cegá-los quanto aos grilhões a que todos nós estamos aprisionados. A pergunta que insiste em não calar é: e quando se deparar no espelho com um adulto de 40 anos, enrugado pelo tempo e pelas mazelas, olhando para trás e só vendo as páginas amareladas, deixadas em branco, afinal a história fala do velho, e o Peter Pan nunca envelhece.
É inegável que é realmente duro não reconhecer-se à medida que os dias caminham para o Fim, saber que tudo que veio se vai da mesma forma. O eterno ensaio da vida nunca para, e sempre vai haver ocasiões onde se preferia estar apenas dormindo. O bom de tudo isto no entanto, é que é com essas agruras que se consegue ver do que se é capaz, do quanto pode ser decisivo e importante para si mesmo, e como respirando tudo de forma lenta, se percebe o sabor da vida. Só que preocupa, é o que o Peter Pan vai fazer quando Wendy e Sininho não estiverem mais lá...

Pois, minha mãe sempre disse o quanto é bom ser natural...


Um comentário:

Luciana Deschamps disse...

...E a pergunta que insiste em não calar é:e quando me deparar no espelho com uma adulta de 40 anos?!

R.: ...putz,rsrsr,acho que não vou conseguir encontrá-la...as marcas de tempos bem vividos poderão estar estampadas: mas o coração de moleca atrevida..não me deixará enxergar...mas será engraçado...
Ótimo texto..adorei a colocação do Peter Pan,hehe..Bjo..