sexta-feira, 4 de julho de 2008

Bem que...

Olá a todos!

É isso aí, fim de semestre começo de outro, obrigações em dia (mas ainda não há a sensação de dever cumprido), e por mais incômoda que seja a idéia de que daqui para a frente as coisas só tendem a se tornarem mais complicadas, acredito que com o tempo acaba-se por conviver (não muito bem e contente) com isso da forma mais natural possível. Vim aqui hoje motivado pela leitura de um pequeno texto de um, mesmo que distante, amigo, que versou sobre algo interessante em seu flog Meio-amargo by Davi San Gil. A minha parte aqui foi só associar a idéia dele a outra por se dizer "diferente", e assim escrever sobre duas coisas aparentemente díspares, mas totalmente complementares uma a outra.
Se parar para pensar os princípios de cada um são como seus dentes. Quando nascemos, não temos nenhum – dente, princípio. Os dentes vêm primeiro, mas os princípios não tardam a nascer, e antes da adolescência boa parte deles já caiu por terra – metaforicamente ou não - dando lugar a novos – dentes, princípios. A tendência é conservar a maioria a partir de então, exceto três ou quatro que, ao fim da adolescência, boa parte de nós se vê obrigada a arrancar. São os chamados sisos, ou dentes – e princípios – do juízo.
Os meus princípios assim como meus dentes, merecem uma boa revisão pelo menos uma vez por ano, e a cada revisão eu vejo que tem alguma coisa errada, alguma coisa a ser mexida, consertada, restaurada. Umas boas porradas – metafóricas ou não – também costumam arrancar alguns – dentes, princípios - em definitivo. E, como ostentar uma boca sem dentes costuma provocar uma repulsa social igual à de uma vida sem princípios, é sempre bom, no caso da ausência de ambos, arranjar uma dentadura – metafórica ou não – nem que seja só pra disfarçar durante o dia, e guardar sua banguela de dentes e princípios entre quatro paredes.
Por fim, nunca é bom confiar na ocasional brancura – metafórica ou não - dos dentes e princípios que as pessoas costumam exibir. O lado podre de ambos normalmente se esconde por trás do sorriso.

E assim vai se conseguindo a medíocridade necessária para ser popular...

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