domingo, 22 de fevereiro de 2009

Silêncio e distância...

Olá a todos!

Incrível como os dias parecem voar entre as postagens ao mesmo tempo em que tudo parece inalterado e imutável, inerte as batidas do relógio. Logo se faz presente também a sensação de que o pouco tempo que há, torna mais próxima a sensação de estar amarrado a uma bomba-relógio que não vai tardar a mandar tudo que você conhece pelos ares.
Será que alguém já descobriu porquê a medida que o tempo passa as cores vão desbotando, a música silenciando e o amarelado se espalha por tudo que era antes tão brilhante? Bem enquanto não se descobre a resposta científica ao questionamento, só se fica evidente que todo brilho - meteórico ou não - é passageiro e que, só o que é opaco dura para sempre, numa espécie de sintonia total com sentido da vida.
E por mais apocaliptico que isso possa parecer, a maioria das pessoas não se cansam de angariar predicados intelectuais, adornos a mascara que ostentam na face, numa ingênua luta de cabo-de-guerra que fatalmente irão perder. Neste caso cabe perguntar se é mais válido cair aos excessos como forma de ir à forra, e ter-se a mente que viveu tudo que se podia viver ou, simplesmente deixar-se sentar e assistir de camarote a própria vida passando como os grãos de areia que caem de uma ampulheta, até que simplesmente literalmente se acabe o tempo?
Pior que todas as perguntas não respondidas com certeza, só o fato de não estar nas fotografias além do que esmoecer lentamente, escrevendo o testamento da vida e das conquistas que não se teve, legando como herança simplesmente o som do silêncio a herdeiros que provavelmente não se terá, um forma justa de se compensar a injusta existência...

Afinal a vida é o eterno ensaio de uma peça que nunca realizar-se-á...

Um comentário:

daf disse...

muito me lembra Brás Cubas, lendo bastante tio Machado,hã?!